Subgênero do gênero literário narrativo o conto, é de
grande flexibilidade, podendo se aproximar da poesia e da crônica.
Historiadores afirmam que os ancestrais do conto são o mito, a lenda, a
parábola, o conto de fadas e até mesmo a anedota.
No antigo Egito, há cerca de 4000 a. C., já existia um
livro em forma de conto, chamado de "O livro do Mágico". Os judeus
também têm muitos contos escritos nas suas escrituras sagradas. A Bíblia
Sagrada é repleta de histórias como José do Egito, Sansão e Dalila, Rute, assim
como os contos orais e escritos. Nessa categoria, podem-se destacar as
parábolas de Jesus Cristo: o bom samaritano, o filho pródigo, o semeador, entre
outras.
Os contos cresceram muito e há famosas histórias como “O
barba azul”, “Cinderela”, “O gato de botas”, e outras. Enfim, os contos se
modernizaram entre os séculos XVIII e XIX, no momento em que os irmãos Grimm
reescrevem e publicam contos como “A bela adormecida”, “Rapunzel”, “Branca deNeve”, etc.
O Patinho Feio |
Branca de Neve e os Sete Anões |
O Flautista de Hamelin |
O conto é uma obra
ficcional intensa em conteúdo e breve na forma, normalmente baseado em eventos
e figuras imaginárias. De estrutura simples, o conto apresenta-se da
seguinte forma: início, clímax e conclusão, sempre narrativo em primeira ou
terceira pessoa.
Outros elementos estruturais que acentuam as
especificidades do conto: o reduzido número de personagens; a concentração do
espaço e do tempo em um único relato; e a ação que tende à simplicidade e à
linearidade.
Quanto à personagem, há um mergulho em seu mundo íntimo, de
forma a buscar uma explicação para as “angústias” que a vida traz, remexendo em
dilemas de natureza variada (social, existencial, comportamental, imaginária
etc) a fim de encontrar um sentido, um “porquê”, para situações cotidianas que
parecem não ter explicação.
Sua dimensão de complexidade se dá na profundidade do que
foi dito, provocando uma unidade de efeito, condição básica de sustentação
semântica.
Existem vários tipos de contos, por ser um gênero muito
antigo e versátil, eles são comumente divididos em contos populares (da
tradição oral) e os contos literários.
Conto
popular: é o relato produzido pelo povo e transmitido
geralmente por meio da linguagem oral, o que mais se destaca "é o conto
folclórico, também chamado de a estória ou causo, onde ocorre no contexto do
maravilhoso e até o sobrenatural" (Câmara Cascudo, 1954).
Apresentam temas diversos, mostrando a riqueza e
criatividade do povo brasileiro, a maioria das histórias são adaptações das
narrativas europeias e afro-lusitanas e as demais nativas.
Alguns desses contos ganham forma escrita, enquanto os
demais são repassados oralmente, quando passam para a escrita, eles perdem
características da fala: modos de dizer, expressão de um povo, grupos, a
entonação, e outras marcas próprias, que são substituídas pela forma
gramatical.
Conto
literário: é um tipo ficcional que já nasce com uma
formatação escrita, e com uma autoria definida. Por se tratar de uma obra de
curta extensão, as personagens e as situações são menos complexas, do que o
romance e a novela.
É o mais abrangente dos gêneros, pois elas duram por mais
tempo, sobrevivendo na escrita, e por serem de autoria determinada.
REFERÊNCIAS
DUARTE, Vânia Maria Do Nascimento. "O conto
"; Brasil Escola.
Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/literatura/o-conto.htm>.
Acesso em 14 de maio de 2016.
Por Kamylla Cristina